Patrimônio da Polônia e da Humanidade
O Castelo de Wawel (Zamek Krolewski), que começou a ser construído no século XI e foi sendo modificado ao longo dos séculos, é na verdade um complexo com várias edificações, uma catedral, capelas, torres, pátios e apartamentos reais (como o Castelo de Praga). O terreno irregular foi aproveitado dando ao local ainda mais autenticidade.
Além de um incêndio no final do século XVI, as ocupações pelos austríacos durante o império austro-húngaro e também pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial foram responsáveis por alterações na arquitetura, entretanto, pode-se observar ainda muito da arquitetura gótica. Na porta de entrada, pendurados por uma corrente, estão os lendários ossos do dragão de Wawel (na realidade ossos de baleia e mamute fossilizados).

Na Catedral (a parte mais antiga do complexo – com mais 1000 anos!) está a capela dedicada ao Papa João Paulo II e também os túmulos do Rei Casimiro e de Santo Estanislau. Há também uma bonita estátua de bronze, em tamanho natural, em homenagem ao Papa na parte de fora.
Subindo ao castelo Wawel podemos ver no muro os chamados “tijolinhos” de Wawel – placas que homenageiam os patrocinadores das obras de renovação do castelo nos anos 20 e 30. Uma das plaquinhas diz respeito à comunidade polonesa do Paraná!
Vale a pena ir com um guia, para entender a importância e a história, principalmente da Catedral, onde estão enterrados vários reis poloneses. Fomos com o Marcin e ele nos explicou muito sobre as dinastias e lendas dos monarcas poloneses e se não fosse ele nos chamar a atenção teríamos passado batido pelos tijolinhos e pelo dragão na saída. A visita leva uma manhã inteira.
Saindo do Castelo já estamos às margens do Rio Vístula e, num dia de sol, o passeio pelo calçadão que o rodeia é uma excelente pedida. Foi o que fizemos!
Monumento a Dzok
Dzok era um cãozinho que ficou famoso em Cracóvia, o que rendeu esta linda estátua em sua homenagem. Segundo nos contou o nosso guia, o dono de Dzok foi atropelado em um cruzamento e foi levado de ambulância para o hospital, onde faleceu. Sem saber onde estava o dono, Dzok ficou mais de um ano vivendo na rua, naquele mesmo cruzamento, até que aceitou ir morar um uma senhora, já idosa, que ganhou sua confiança porque o alimentava todos os dias na rua. Lá ele viveu por vários anos, até que ela também morreu e Dzok foi recolhido a um canil público, de onde fugiu cavando um buraco sob a cerca. O cãozinho foi encontrado morto próximo à linha do trem, tempos depois. Uma linda história de amor e fidelidade. A estátua de Dzok fica nos jardins às margens do rio Vístula, próximo à ponte Grunwald
Calçada da Fama
Ainda logo abaixo do morro de Wawel, no caminho que margeia o Rio Vístula, há uma “Calçada da Fama” com as impressões das mãos de estrelas do cinema e da música. Como já era de se esperar, uma das mais fotografadas é a do aclamado diretor Roman Polanski (inclusive por nós!). Os geniais Stellan Skarsgard e Benedict Cumberbatch também mereceram um clic! Os edifícios dos arredores também são muito bonitos.
Roman Polanski viveu no gueto de Cracóvia quando criança e é um dos sobreviventes do holocausto. Ele dirigiu o filme “O Pianista”, que conta a história do músico polonês Wladyslaw Szpilman. Saiba mais no post Polônia no Cinema
Passamos pelo Pod Wawelen, na Sw. Gertrudy 26, a caminho do castelo de Wawel, e resolvemos voltar à noite. O ambiente é descontraído e bem frequentado por turistas e locais. O atendimento é um pouco complicado e demorado, portanto não se pode estar com pressa. Gostamos bastante do lugar. Uma das entradas é por um antigo vagão de trem que foi reformado e por dentro a decoração é bacana com peças vintage, como um antigo telefone de parede. Tem vários pratos grandes com linguiças, pão e salada – então é bom ir com fome. Como já havíamos feito um lanche à tarde no Café Costa da Rua Floriasnka, apenas comemos uns aperitivos e tomamos um vinho enquanto curtíamos o lugar.
Veja também:
Stare Miasto – A Velha Cracóvia I