Casapueblo e Vilaró

No hotel Ibis Montevidéu contratamos o passeio para visitar a Casapueblo (casa museu de Paez Vilaró, o artista plástico mais famoso do país, contemporâneo e amigo de intelectuais como Vinícius de Moraes e Jorge Amado). Fica em Punta Ballena, a cerca de 15 km de  Punta del Este e a visita vale muito a pena, pois a casa é em si uma obra de arte, construída e esculpida toda a mão pelo artista.

Você sabia? A conhecida canção de Vinícius de Morais “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto, não tinha nada…” foi inspirada na Casapueblo!

Carlos Páez Vilaró conheceu Picasso, Dalí e foi um dos grandes nomes das artes sul-americanas. Em 1958 comprou um terreno de frente para o mar no leste da pitoresca  península de Punta Ballena, praticamente deserta, e construiu ali um pequeno chalé de madeira que com o tempo foi sendo ampliado e reformado até se transformar na “Casapueblo”, literalmente, “Casa-Vila”, em espanhol.

“Eu a construi como uma escultura habitável, sem planejar antecipadamente, seguindo principalmente o meu entusiasmo. Quando a prefeitura me pediu a planta do projeto – que eu não tinha – um amigo arquiteto teve que passar um mês estudando uma maneira de decifrá-la”  (Vilaró)

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A casa é toda decorada com pinturas e esculturas de Vilaró e uma curiosidade é que ele costumava dedicar partes da casa aos amigos – há o Rincón de Vargas Llosa, a Callecita de Pelé e assim por diante. Vilaró viveu até os 90 anos e trabalhou na Casapueblo até o fim. A entrada custa 10 dólares por pessoa. Adoramos!

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Imagem 1117Não resistimos à lojinha de souvenirs do museu e trouxemos uma réplica de um dos quadros que retrata o colorido e a alegria das comparsas do Carnaval uruguaio.

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Um pouco de história

Um de seus filhos, Carlos “Carlitos” Páez Rodríguez, fazia parte do time de rugby do Old Christians, do bairro de Carrasco em Montevideo. Em 13 de outubro de 1972 o Voo 571 da Força Aérea Uruguaia, que transportava os jogadores, colidiu contra uma montanha da cordilheira dos Andes, entre o Chile e Mendoza, na Argentina.  vivosVilaró fez parte do grupo que realizou as buscas pelos 45 passageiros – dos quais apenas 16 sobreviveram, dentre eles seu filho, com quem se reencontrou pouco tempo depois do resgate, em 23 de dezembro. Foi comendo carne humana que os sobreviventes conseguiram manter-se vivos durante os 69 dias nas montanhas geladas, até serem resgatados por helicópteros chilenos.

O acidente deu origem a dois filmes: “Sobreviventes dos Andes”, de 1976; e “Vivos!”, de 1993, com Ethan Hawke (esse último está na Netflix).

Obras Espalhadas

As obras de Vilaró estão espalhadas pelo país e você terá a chance de vê-la estampando paredes de galerias e restaurantes em Montevidéu como o Pellicer, sobre o qual falamos no post Comer Bem em Montevidéu.

Veja também:

Turistando a Velha Montevidéu

Montevidéu – Onde ficar?

Tango em Montevidéu sim Senhor!

Comer bem em Montevidéu

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Museus de Colonia del Sacramento

Comer e beber em Colonia

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Piriápolis

Publicado por Adelijasluk

Adeli é formada em Letras e pós graduada em Recursos Humanos, fala quatro línguas e adora conhecer outras culturas. Curiosa e teimosa, nas horas vagas planeja itinerários próprios para as viagens anuais com o marido. Edevaldo é funcionário público e cursou geografia e informática. Paciente, nas horas vagas estuda maneiras sensatas de viabilizar os itinerários da esposa. Viajam por conta própria e juntos já conheceram 208 cidades em 33 países.

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