Montevidéu – onde ficar? – Rotavírus em Ação

Onde ficar em Montevidéu?

Uruguai – O nome do país vem do guarani e quer dizer rio de pássaros coloridos e, realmente, o grande atrativo do país é ser banhado pelo Mar del Plata. Na capital todos os caminhos levam a ele, pois acompanha toda a sua extensão e, como era de se esperar, quanto mais perto das praias… mais caro. Os bairros mais turísticos são Punta Carretas e Pocitos, por isso buscamos outras alternativas. Afinal, nosso esporte preferido é callejar e hotel pra nós significa: boa cama e bom banho.

Hotel Balmoral

Na primeira visita nos hospedamos no Hotel Balmoral (na Plaza Libertad, 1126), na Ciudad Vieja e não nos arrependemos, pois foi possível visitar muitos pontos turísticos a pé, como a Puerta de la Citadela, a Plaza de la Independência, o Palácio Salvo, a Plaza Constitución, a Catedral Metropolitana (que é de 1726), o famoso Teatro Solís (de 1842) e o Mercado del Puerto.

Hotel Ibis

Em nossa segunda visita nos hospedamos no Ibis Montevideo, que fica na La Cumparsita, 1473, na rambla (a Av. Beira Mar deles), no chamado Bairro Sul. O Íbis não tem luxo, mas os preços são extremamente justos e no geral a gente pouco fica no quarto mesmo. Aqui optamos por tomar o café da manhã no hotel mesmo pois não tem opções próximas para isso.

O hotel tem um bom restaurante que serve também lanches, refeições e bebidas. Na ultima noite resolvemos comer lá mesmo e foi uma boa opção. Muitos funcionários fazem o atendimento rápido e fácil. O inconveniente é que não é tão fácil se deslocar a pé do hotel para o centro velho.

Hotel Palácio

Já conhecendo melhor a cidade, em nossa terceira vez, resolvemos ficar novamente na Ciudad Vieja, agora no Hotel Palácio (Bartolomé Mitre, 1364), pois dessa vez éramos 4 e o fator preço pesou bastante (pagamos 320 dólares por dois quartos e 4 noites). O hotel fica pertinho da Calle Sarandí e das principais atrações históricas. O edifício é bem antigo e o que achamos mais legal foi o elevador com grades de ferro duplas. Só tínhamos visto outro assim em Florença, na Itália. A mobília também é antiga, os quartos são amplos e os funcionários atenciosos. Não servem café da manhã, mas na copa há café com leite à vontade para quem quiser (oferecido o dia todo) e também há um microondas para preparar um lanche. Praticamente ao lado está a Confeitaria Inglesa (Bartolomé Mitre, 1382), onde se pode tomar um com café e comer pães, bolos e doces.

Ficamos uma noite nele novamente agora, quando voltamos de Piriapolis.

Hotel América

Em nossa quarta viagem resolvemos ficar no Hotel America, na Calle Rio Negro por ser bem central e também pela tarifa acessível. Foi uma boa escolha. Pequeno, limpo, com café da manhã incluído e a poucos metros da Puerta de la Citadela e da Plaza Independencia. À noite tem um pouquinho de barulho porque a rua é bem movimentada, mas nada que comprometa se você ficar em um andar mais alto. Ficamos 3 noites e ficaríamos novamente!

Após essas quatro experiências, sem dúvida a nossa sugestão é ficar perto da Ciudad Vieja. Quem fica em Punta Carretas ou Pocitos, por exemplo, está próximo à praia, mas precisará de táxi para as principais atrações.

Como se locomover?

Da primeira vez, como qualquer turista, fizemos o passeio com o Descubrí Montevideo – o ônibus que permite subir e descer nas principais atrações da cidade. Pegamos em frente ao Mercado del Puerto e pagamos cerca de 65 reais por pessoa (sendo que o bilhete serve para o dia inteiro). Ele faz 10 paradas (mas passa de uma em uma hora apenas). Foi interessante pois nos deu uma boa visão de toda a cidade uma vez que passamos por vários bairros. Se você tiver pouco tempo, é uma boa pedida!

Também contratamos passeios no hotel e andamos muito de táxi (não há taxímetro, mas os preços são tabelados e o passageiro tem acesso à tabela com os principais trajetos para conferir o valor cobrado). Da da segunda vez tivemos o grande apoio de nossos amigos Priscila e Christian, que moravam lá e nos levaram para cima e para baixo.

Em 2018 e em 2021, já escolados, andamos muito a pé e também nos arriscamos a pegar ônibus. Os de linha são baratos e regulares no horário. O único problema é que é preciso conhecer as linhas e sua numeração. A dica é, quando o ônibus parar, perguntar se ele passa onde você precisa ir.

Fizemos isso na saída do Aeroporto de Carrasco – queríamos ir para a Calle Rio Negro – e ele nos deixou a pouco mais de uma quadra do hotel. Pagamos 171 pesos – cerca de 9 reais por pessoa. Definitivamente mais barato que um taxi do aeroporto para o centro. E a gente ainda se diverte! (Olha o cartaz colado no painel do ônibus!)

Dica: o Uber também funciona bem! Assim vá com o aplicativo já baixado.

As empresas COT e COPSA fazem vários trajetos como Colonia del Sacramento, Punta Ballena , Punta del Este e Piriápolis pode-se comprar os tickets com antecedência pela internet. Foi o que fizemos! Não é o meio mais rápido, mas é o mais barato e é bem eficiente. Os ônibus costumam sair da Estação de Tres Cruces, que também tem um shopping e lanchonetes para fazer um lanche ou refeição.

Segurança

Muita gente acha que depois da liberação da maconha o Uruguai virou um país violento – ledo engano. Há muito mais gente drogada nas praças de Curitiba! Claro que se você sair caminhando sozinho à noite pelo centro de Montevidéu pode ser assaltado, como em qualquer cidade grande. Entretanto, depois de quatro visitas podemos dizer com toda certeza que a liberação da maconha não tem nada a ver com isso! (Só para constar – não fumamos nem cigarro!)

Outro ponto relacionado à segurança é o respeito à diversidade sexual. No Uruguai a homossexualidade é legal desde 1934! Montevidéu tem até uma praça dedicada à memória e à luta por seus direitos. E isso importa por quê? Porque um país que respeita a diversidade é sempre mais seguro!

Com relação à segurança sanitária, quando fomos o Uruguai estava muito melhor que o Brasil. Com mais de 75% da população vacinada com duas doses e mais de 50% com a terceira, o país estava voltando ao seu normal.

Nas ruas não era obrigatório o uso de máscaras, mas nos transportes coletivos, em todos os comércios, edifícios públicos e ambientes fechados era – e o pessoal usava direitinho. Nos sentimos muito seguros em todos os aspectos.