Duas viagens à Portugal e só na terceira é que fomos conhecer o Porto. Não por falta de vontade… Tanto que agora rumamos direto para lá! (O fato de a Azul fazer voos diretos de Campinas também ajudou muito!)
Chegamos mais quebrados que arroz de terceira, após um dia inteiro de viagem com um voo de 11 horas, mas em pouco tempo já nos sentimos em casa! Como diz a música…
“Lá no Porto desembarcam todos os cansados, descarregam todos os fracassos – há um cais seguro pra atracar (…) Lá no Porto onde se encontram os abraços, onde se despedem os descasos – lá se pode ancorar em paz.”
Portugal é grande e como sempre dizemos aqui no Blog, é preciso fazer escolhas. Da mesma forma, o Porto é uma cidade grande e há muita coisa para se ver e fazer. Assim, dividimos nossos 4 dias em:
- Dia – Porto (acomodação e reconhecimento – distrito de Vitória)
- Dia – Porto (o centro histórico – Vitória e Sé)
- Dia – Bate-e-volta em Aveiro
- Dia – Porto (Cais da Ribeira e Vila Nova de Gaia para a despedida)
Onde ficar?
O Porto é uma cidade vibrante e um dos destinos preferidos dos turistas, o que acaba por afetar os preços, deixando tudo mais caro – especialmente a hospedagem – ainda mais para nós, brasileiros, com o euro a R$4,62. Mas, tempo é dinheiro! Por isso, mesmo pagando um pouco mais, quando se fica poucos dias em um lugar não vale a pena se hospedar longe das principais atrações – é uma falsa economia, pois perde-se tempo precioso e uma boa grana com o deslocamento.
Além disso, se, como nós, você viajar no verão, vai pegar um calor de 32 graus à sombra e vai agradecer aos deuses por qualquer 500 metros de caminhada que puder economizar!
O Centro Velho é formado pelos bairros da Sé, Vitória e Ribeira (passando pelas freguesias de Cedofeita, São Nicolau, Miragaia e Santo Ildefonso). Por isso escolhemos a Casa Sá Noronha. Ela fica em Vitória, em um belo e centenário edifício, que já acolheu até um Duque! No interior, uma atmosfera remete a tempos antigos. Ao virar da esquina, a Praça dos Leões e, muito próximo, a famosa Torre dos Clérigos que dá acesso à Sé e à velha Ribeira. As ruazinhas ao redor são bem gostosas. Reservamos pelo Airbnb e deu tudo certo. Pagamos R$899,19 pelas 4 noites.
A Francisca, nossa hostess, era super “gira” (legal) e nos recebeu muito bem. Quando chegamos, nos esperava um copinho do vinho do Porto como cortesia e ela nos deu um mapa da cidade e nos explicou rapidamente onde estávamos. O quarto era gostoso e a cozinha bem equipada. Além disso, a casa fica a poucos minutos a pé de museus, cafeterias, restaurantes e da Praça Guilherme Gomes Fernandes, onde há um mercadinho em que pudemos comprar coisinhas para o café da manhã e até uma garrafa de Casal Garcia por apenas 3,75 euros!
E por falar em cafés e restaurantes, como chegamos bem cedo e a entrada no hostel estava marcada para as 11:00, fomos logo em busca de comida e a poucos metros dali encontramos o Praça 63, onde pudemos tomar dois cafés com leite e comer dois pastéis de nata por apenas 4 euros! Gostamos do lugar e voltamos mais tarde para outro lanche.
Passeio de Bonde (Porto Tram)
O bonde existe no Porto desde 1895 e era um meio de transporte bem característico da cidade, muito utilizado no passado pela população, circulava por grande parte do Porto e de Vila Nova de Gaia. Um passeio no tempo! Uma volta dura aproximadamente 50 minutos e vai de um lado ao outro do centro histórico. Pegamos o nº 22 (Linha Baixa – entre o Carmo e Batalha) bem em frente à Praça Guilherme Gomes Fernandes, mas ele para também quase em frente à Igreja do Carmo as 09:15 (primeiro horário).
O bondinho passa por vários dos principais pontos turísticos e dá uma boa ideia das distâncias de um para o outro. (Também lhe ajudará a perceber que ficar indo e voltando de Vitória ou da Sé, para a Ribeira, por exemplo, não é factível). Sugerimos fazer o passeio no primeiro dia para situar-se logo de cara. Não é entregue um mapa da cidade, assim, leve o seu (os hotéis e hostels costumam fornecer).
Curiosidade: quando chega ao final da rota, o condutor retira seu assento e volante e vai para a outra extremidade do bonde – e todo mundo vira seus assentos para o outro lado para continuar o passeio!
A linha 18 – Massarelos – tem ponto final no Carmo e também é uma opção para quem quer continuar a viagem. A passagem nos custou 2,50 euros. (Saiba mais sobre os passeios de bonde aqui.)
Os distritos da Sé e Vitória formam o centro cultural do Porto e dentro de uma área relativamente pequena estão várias das principais atrações, que também exploramos calmamente, à pé. No próximo post contamos em detalhes como foi.
Veja também:
Vitória, Sé do Porto e Arredores