Mosteiros Suspensos de Meteora

Segundo o imperador grego Alexrandre, o Grande, “A Natureza não é Deus; Deus é a Natureza”. Talvez por isso Meteora seja um dos lugares mais incríveis da Grécia. Afinal, aqui, nas alturas, não tem como não sentirmos mais de perto a sua presença.

Kalambaka

Queríamos conhecer os famosos Mosteiros Suspensos e para isso tivemos que ir para a cidadezinha mais próxima e passar uma noite – Kalambaka, no norte da Grécia, na planície da Tessália, a 352 km (5h30min) de Atenas. Fomos com a mesma agência que nos levou à Delphos, a Arty Tours. Chegamos já no fim do dia e nos instalamos no Orfeas, que é um hotel grande, mais para negócios que turismo, mas bem bacana. Jantamos lá mesmo, pois havia um buffet nos esperando.

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Depois de deixar as malas fomos dar uma volta pela cidadezinha de 12 mil habitantes – havia pouca coisa aberta, então tomamos um sorvete e voltamos para o hotel descansar, pois no dia seguinte iríamos subir cedo para o complexo de Meteora, que fica a 5 km da cidade (na vertical!).

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No meio do Céu

Meteora significa “meio do céu” ou ainda “suspenso nas alturas” e é exatamente assim que vivem os monges e freiras ortodoxos nos Monastérios e Conventos construídos no alto das incríveis montanhas de pedra da Tessália desde o século XI, sendo que o maior pico em que se localiza um mosteiro tem 549 metros.  Local ideal para a elevação da alma e para a meditação, Meteora é um dos maiores e mais importantes complexos religiosos do Cristianismo Oriental. O Mégalo Meteoro, o Varlaam, o Roussanou e o Ágios Stephanos são os maiores mosteiros e os únicos que permitem visitas ao seu interior.

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Antigamente havia muitos mais, mas hoje apenas 6 sobreviveram. Durante a Segunda Guerra Mundial os nazistas invadiram a região e acusaram os monges de esconder armas no interior dos monastérios, pilhando e atirando os religiosos lá de cima das montanhas para a morte. Por isso, muitos acabaram abandonados. Atualmente o complexo inteiro é patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

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Para entender melhor como era a vida dos religiosos, antes de ir visitar o lugar, sugerimos assistir o filme de mesmo nome, “Meteora” – uma produção grega de 2012, dirigida por Spiros Stathoulopoulos, que conta a história de amor entre um monge e uma freira, mas, mais que isso, mostra como era o seu dia a dia. O filme é primoroso – intercalando as cenas com animações baseadas nos famosos ícones gregos. O cenário? Coisa mais linda do mundo, como a foto de capa desse post que tiramos lá de cima das montanhas!

A subida de Kalambaka até o alto das montanhas de pedra é feita de ônibus, entretanto ele só chega até uma certa altura e depois subimos as escadarias até o Roussanou e fomos também ao Ágios Stephanos.

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Roussanou

Nossa primeira parada foi no Mosteiro Roussanou que parece estar pousado sobre a rocha. Após subir as escadarias chega-se a uma ponte que dá acesso ao lugar. A entrada custa 3 euros. As mulheres devem usar saias e os homens calças para entrar e os ombros também não podem estar à mostra.

Dica: o mosteiro abre das 09:00 às 13:00 e das 15:00 às 18:00, exceto nas quartas durante o inverno

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O mosteiro é feminino, mas no passado foi masculino. A visita é permitida somente na parte externa, nos jardins e a incrível Igreja da Transfiguração de Cristo, mas vale a pena porque ela é realmente incrível – as pinturas iconográficas são do século XVI. A cúpula da igreja é adornada com a hierarquia celeste – abaixo ficam os santos guerreiros (humanos que pecaram), depois os mártires, em seguida os anjos e mais perto dos céus – no topo – os arcanjos.

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Ágios Stephanos

O Monastério de São Estêvão (Ágios Stephanos) é um dos mais impressionantes de Meteora. Foi construído em 1192  no topo de uma montanha de pedra e o acesso a ele é por uma ponte de 8 metros de largura. A igreja de Santo Estêvão, em seu interior, foi construída em 1350.

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O monastério é conhecido por sua produção de pinturas de santos em estilo bizantino (hagiografia). É possível comprar réplicas para trazer como souvenir – são realmente muito lindas!

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Dica: o Mosteiro abre das 09:00 às 13:00 e das 15:30 às 18:00 e é fechado nas segundas

Do pátio também se tem uma vista linda da planície e de Kalambaka para onde voltamos para retornar à Atenas. Nem sentimos as 5 horas de viagem, tamanho o nosso êxtase por ter vivido essa experiência inesquecível!

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Ilha de Corfu

Ah… a Grécia!

A Acrópole.

Panatenaiko e o Templo de Zeus.

E agora as Ágoras.

Ilhas Argo-Sarônicas.

Delfos – o centro do universo!

Publicado por Adelijasluk

Adeli é formada em Letras e pós graduada em Recursos Humanos, fala quatro línguas e adora conhecer outras culturas. Curiosa e teimosa, nas horas vagas planeja itinerários próprios para as viagens anuais com o marido. Edevaldo é funcionário público e cursou geografia e informática. Paciente, nas horas vagas estuda maneiras sensatas de viabilizar os itinerários da esposa. Viajam por conta própria e juntos já conheceram 208 cidades em 33 países.

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