Compramos as passagens aqui mesmo no Brasil, através do site da companhia, muito fácil de se navegar. Tivemos dúvidas ao comprar as passagens, pois não pudemos escolher os assentos. Enviamos email e recebemos a resposta muito rapidamente. (Para alguns voos não se pode escolher os assentos na compra das passagens. Isso será feito no check in do aeroporto.) Como a malha aérea cubana não oferece muitos voos, compre suas passagens com antecedência! Nosso voo de ida foi muito tranquilo, no entanto, ao retornar para Havana, houve um atraso de quase 5 horas (nada que não tenhamos enfrentado até mesmo na Europa).
Hostal Casa Marieta
Em Santiago ficamos três noites no Hostal Marieta (Calle Heredia, 414 esquina das calles Clarín y Reloj). Já na chegada fomos muito bem recebidos e entramos no clima da cidade. Toda a família de Dona Marieta foi atenciosa e literalmente cuidaram de nós durante toda a estadia. Foi como ficar em casa de parentes distantes!
Tudo em Cuba é simples e o atendimento é o que faz a diferença. O quarto em que ficamos era amplo, muito limpo e novo. Pagamos 25 CUC por noite e mais 4 CUC por pessoa para o café da manhã – paga-se lá mesmo (não tem Pay-Pal, portanto o pagamento tem que ser em dinheiro vivo). A reserva pode ser feita por e-mail direto com a Dona Marieta: marietags@nauta.cu
Prevenção é tudo!
Infelizmente no dia anterior a nossa chegada, visitando Trinidad, comi algo que não me fez bem e acabei com uma infecção gastrointestinal. A Dona Marieta e seu esposo, Sr. Román, foram ótimos, cuidaram de mim e me encaminharam para a Clínica Internacional Santiago de Cuba na Avenida Pujol esquina com a calle 10, com um taxista de confiança, o Armando, com a instrução de que não saísse de lá enquanto eu não estivesse bem.
Entretanto, tive que ir de ambulância para o Hospital General Saturnino Lora, na Carretera Central, para fazer o exame do cólera. Eu já me sentia melhor, mesmo assim fui examinada, tomei mais soro e sai de lá já com os remédios em mãos! Tive que pagar porque era estrangeira mas se fosse cubana seria tudo gratuito (aí a importância de se fazer o Seguro Viagem!). Me seguraram no hospital mesmo depois de eu estar bem e não entendia o porquê. Então me explicaram que se fosse cólera eu estaria colocando a ilha toda em risco! Aí eu entendi. Felizmente não era nada grave e no fim da tarde já fui pra casa. É assim que Cuba trabalha! Eles evitam as transmissões! E os cidadãos obedecem as leis! Simples assim. Além de irem me visitar enquanto eu tomava mais soro, Dona Marieta e Sr Román me fizeram uma dieta especial no jantar!
Teve outro dia em que Dona Marieta perguntou que horas a gente voltaria. Eu achei meio estranho e perguntei porque ela queria saber. Era uma quarta-feira e ela disse que era porque era dia de fumacê. Não entendi direito e ela explicou que eles são obrigados a abrir a casa pros agentes de saúde para a prevenção à dengue. Quem não o fizer pode até ser preso por colocar a comunidade em risco. Isso é cultural! Cuba não tem dinheiro. Não tem uma grande indústria farmacêutica. Prevenção é essencial para a sobrevivência da ilha. Por isso conseguem controlar tão bem as doenças infecciosas. Um exemplo a ser seguido!Passado o perrengue, aproveitamos muito a cidade e contamos mais sobre Santiago de Cuba em nossos próximos posts. Serei sempre muito grata à Dona Marieta pelo cuidado e atenção e recomendo muito o Hostal para quem quer se sentir acolhido por uma família de verdade!
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Callejando por la Habana Vieja I