O tango pertence à Argentina? Segundo os uruguaios, “não mesmo”! Sugerimos três lugares bacanas para você descobrir o porquê:
Bar Fun Fun
O Baar Fun Fun é de 1895 e é famoso porque Carlos Gardel (o “pai” do Tango) tocou ali nos anos 30. A atmosfera é interessante, pois o espaço é pequeno e as paredes são todas decoradas com fotos antigas. Dá para jantar também, pois servem vários petiscos. Comemos uns espetinhos e uns rolinhos primavera bem gostosos, mas o mais legal é ver a apresentação de tango mesmo. O palco é pequeno e fica bem pertinho das mesas o que faz com que a gente tenha uma ótima visão do show. Um casal dança esplendidamente e dois senhores, um ao violão e outro cantando, interpretam tangos clássicos e também músicas conhecidas de cada país, conforme a origem dos clientes.
Antes do show de tango começar sempre há alguma banda fazendo um esquenta e o lugar costuma encher para o happy hour.
Dicas: Faça reserva antes de ir, pois lota! Outra boa pedida é provar a Uvita, o trago da casa, que é bem gostoso! E pra terminar, mesmo que esteja hospedado próximo, na volta não vá a pé. À noite não é seguro caminhar no Centro Viejo. Peça um Uber!
Fomos ao Fun Fun em nossa primeira visita ao Uruguai, em 2011, na segunda, em 2018 e novamente em novembro de 2021 e recomendamos muito! O bar fica na Calle Ciudadela, 1229 (Sede CAF), na Ciudad Vieja.
“Todo fue un sueño, un sueño que perdimos, como perdimos los pájaros y el mar, un sueño breve y antiguo como el tiempo que los espejos no pueden reflejar”
Museu do Tango
O Museu do Tango fica dentro do Palácio Salvo (Plaza Independencia, 846), o edifício mais famoso da cidade. Quando o Tango começou ele era considerado imoral pela sociedade e era dançado somente nos prostíbulos. O primeiro local de boa reputação a tocá-lo foi a antiga Confeitaria La Giralda, demolida para a construção do edifício que seria o mais alto da América do Sul quando inaugurado em 1928.
Foi lá também que se tocou pela primeira vez o tango mais famoso do mundo, La Cumparsita (aquele que vem logo à cabeça quando se pensa em tango). O museu conta essa história, assim como a do compositor do tango, Gerardo Matos Rodríguez.
Tivemos também a oportunidade de ouvir pela primeira vez ao vivo um gramofone em funcionamento! Isso mesmo, um gramofone à manivela que toca perfeitamente uma das versões mais antigas da La Cumparsita. No final a guia ainda oferece um pequeno cálice de vinho aos visitantes. O local é bem pequeno mas a história guardada ali é muito rica. Vale a pena conferir! O ticket para ambos os Palácio Salvo e o Museu do Tango custa 300 pesos por pessoa (cerca de 35 reais). Adoramos!
Si supieras que aún dentro de mi alma
Conservo aquel cariño que tuve para ti
Quien sabe si supieras
Que nunca te he olvidado
Volviendo a tu pasado
Te acordarás de mí
Saiba mais sobre a visita ao Palácio Salvo em nosso post Turistando a velha Montevidéu.
El Milongón
A noite uma opção mais turística é o show de tango com jantar que se chama El Milongón. É possível reservar na maioria dos hotéis, já com o transporte de ida e volta. (Lota, então é bom já reservar no dia em que chegar). Fica na Calle Gaboto, 1810, um pouco longe da Ciudad Vieja.
O jantar não é nada de outro mundo, mas o show é bem completo, com tango, folclore e candombe, tradição que veio com os escravos, como aqui no Brasil. Destaque para os cantores que são realmente muuuito bons!
Fomos com mais um casal que estava hospedado no Balmoral e embora seja coisa bem de turistas, achamos muito legal. Vale a pena se você tiver pouco tempo na cidade.
Tango na Rua
Tivemos ainda a felicidade de ver um show ao vivo e ao ar livre em frente ao Teatro Solís, como contamos no post Turistando a Velha Montevidéu
Veja também:
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