Huacas y Museos

Huaca Pucllana

No idioma quechua, huaca significa um lugar ou algo considerado sagrado, ou ainda um deus de proteção. Nos anos 80 o morro de areia no meio do bairro de Miraflores (na Calle General Borgoño Cuadra, nº 8) era uma pista de motocross. Muita pesquisa e um excelente trabalho de arqueologia, por vezes ameaçado pelo mercado imobiliário, trouxe à tona a Huaca Pucllana (templo de adoradores do mar) uma das ruínas pré-incas mais importantes do país. Uma pirâmide imensa de adobe (tijolos de barro feitos pelos habitantes). A pirâmide era um local cerimonial, de celebração das colheitas e de sacrifícios. A reconstrução das salas com cerâmicas e as réplicas de pessoas é muito bem feita.

Os guias são excelentes e muito pacientes. A entrada até a área delimitada (25m) é gratuita. A visita é paga e dura cerca de uma hora. Não se esqueça de dar uma gorjeta! Passe protetor solar, leve chapéu e vá com uma roupa que proteja o corpo.

Passeio indispensável em Lima para conhecer um pouco da cultura inca. Se você estiver hospedado em Miraflores vá caminhando.

O Restaurante da Huaca Pucllana

Depois de fazer a visita ao sítio arqueológico, o restaurante do local (que leva o mesmo nome) é uma ótima opção para almoçar e, de frente para as ruínas da civilização limeña! Não é barato, até porque os clientes são quase todos turistas. Mas vale muito a pena! A apresentação da culinária peruana impressiona e a moda mundial é alta gastronomia do Perú. E esse local é ideal para viver essa experiência. Almoçar com vista para as ruínas é sensacional, mas a melhor parte é a comida – tudo muito saboroso, com ingredientes de altíssima qualidade (escolhemos o salmão). Sobremesas fantásticas… Só atenção para o couvert! Apesar de ser bem gostoso, é muito caro. Vale mais a pena pedir uma entrada. O pratos custam em torno de 40-50 soles cada.

Huaca Huallamarca

A Huaca Huallamarca data de 200 antes de Cristo e estudos arqueológicos demonstram de que foi um local sagrado e teria servido de cemitério para o povo Lima (povo natural da região e anterior à cultura Inca) e para os Yshmay (surgido da integração de várias culturas andinas). Bem menor que a Pucllana, essa huaca tem um pequeno museu com poucas peças arqueológicas encontradas no local e a visita não é guiada, ou seja, cada visitante pode andar livremente pelo local. Uma curiosidade é que de cima da plataforma, ao fundo, avista-se a casa do Presidente da República, que é muito vigiada, por isso, as fotos a partir desse ponto são proibidas. Os guardinhas avisam até onde se pode ir. Infelizmente, assim como aconteceu com a Pucllana, a huaca foi deteriorando ao longo do tempo, principalmente pela retirada de materiais para a construção civil, o que aconteceu até o início dos anos 70.

IMG_4002Dica: o ingresso custa 5 pesos por pessoa – não aceitam cartão e é importante levar o dinheiro trocado pois, como é uma menos visitadas, é possível que no guichê não haja troco. Isso aconteceu conosco e a senhora que nos atendeu só conseguiu trocar 50 soles após algum tempo (não há estabelecimentos comerciais próximos). A Huaca Huallamarca fica na Esq.da Av. Rosário e Av. Nicolas de Rivera 201 , no Bairro de San Isidro.

Museu Larco

O Museu Larco é realmente incrível. Muito da história, não só do Perú, mas da América do Sul, está lá. Afinal, é um dos principais museus do continente! Peças raríssimas, muitas em ouro maciço e em prata de lei, muito bem dispostas num espaço agradável em que se passa facilmente uma tarde. Recomendamos muito a todo viajante que quer consumir cultura e não somente fazer compras. Cultura não se compra!

IMG_3431É história que não acaba mais… uma viagem a 2300 AC, à época pré-inca. Dá uma boa dimensão do que foram as civilizações que viveram no Perú antes dos espanhóis, sua cultura, fé, tecnologia, rituais, moda e arte. O museu fica na residência do arqueólogo Rafael Larco. O espaço, uma antiga mansão colonial, é genial e conta com um jardim impecável. Aberto de segunda a domingo das 9 às 22:00, incluindo feriados. A entrada para adultos custa 30 soles.

Museo del Oro

O Musoe del Oro, como o nome sugere, tem uma coleção incrível de objetos de ouro de vários períodos da história peruana, principalmente do pré-hispânico, com destaque para a cultura Inca. As peças estão bem dispostas e organizadas e o museu dá uma ideia do que era a riqueza dessa cultura que foi saqueada e dizimada pelos conquistadores espanhóis.

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Os povos ancestrais peruanos eram mestres ourives e trabalhavam o metal como ninguém, realizando obras ora majestosas, ora com detalhes finíssimos. O museu expõe ainda várias armas que o fundador Miguel Mujica Gallo colecionou suas viagens pelo mundo. Fica na Calle Alonso de Molina 1100 – Monterrico Surco (entre as quadras 18 e 19 da Av. Primavera). A entrada custa 33 soles por pessoa, mas a visita vale cada centavo! Fotos no interior do museu não são permitidas, por motivos óbvios.

Castillo Real Felipe

O Castelo Real Felipe, construído no século XVIII como Fortaleza, é, além de um quartel ativo, um museu militar. Visitamos mais pelo aspecto histórico e tivemos a sorte de poder acompanhar um grupo escolar e aproveitar toda a explicação de ambos a guia local e dos professores. A área é grande e a visita, com a Torre, Muralhas e o Museu, dura duas horas.

Uma das curiosidades é que o exército peruano considera a si próprio como tendo sido fundado pelos Incas – uma vez que esta civilização tinha realmente um exército muito bem formado e organizado mesmo antes da chegada dos espanhóis. Um dos grandes heróis do país é justamente o último imperador inca, Túpac Amaru. A visita é uma boa pedida para quem estiver nas redondezas de Callao e já tiver explorado os pontos mais turísticos de Lima, como nós. O Real Felipe fica na Av. Saénz Peña, na Plaza Independéncia, bairro de Callao.

Não perca nosso post sobre Barranco, outro bairro bacana para turistar em Lima.

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Publicado por Adelijasluk

Adeli é formada em Letras e pós graduada em Recursos Humanos, fala quatro línguas e adora conhecer outras culturas. Curiosa e teimosa, nas horas vagas planeja itinerários próprios para as viagens anuais com o marido. Edevaldo é funcionário público e cursou geografia e informática. Paciente, nas horas vagas estuda maneiras sensatas de viabilizar os itinerários da esposa. Viajam por conta própria e juntos já conheceram 208 cidades em 33 países.

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